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Publicado em: 27 Novembro 2024

"(...) se elas houverem, a gente vai tirá-las" vence Open Call de Fotografia e Território

Projeto de Emanuel Constantino, estudante finalista do Mestrado em Cinema e Fotografia, foi um dos vencedores da 2.ª edição desta iniciativa promovida pelo CEFT.

(...) se elas houverem, a gente vai tirá-las projeto fotográfico de Emanuel Constantino, desenvolvido durante a Residência Artística em Santo Tirso, no âmbito do Mestrado em Cinema e Fotografia, foi um dos vencedores da Open Call em Fotografia e Território, promovida pelo Centro de Estudos em Fotografia de Tomar, em parceria com os Encontros da Imagem e o Festival IMAGO.

O júri da 2.ª edição, composto por André Castanho, arquiteto e artista visual; António Ventura, Coordenador do CEFT; Céu Guarda, professora e artista visual; João Henriques, programador em Fotografia e artista visual, e Rui Prata, curador; distinguiu como vencedores ex-aequo os projetos de Elisa Freitas - do Mar, e Emanuel Constantino - "(...) se elas houverem, a gente vai tirá-las", onde ambos aspiram a explorar respostas expansivas e multidimensionais às relações humano-ambientais mediadas pela fotografia. Emanuel Constantino tece uma densa trama visual em torno da arqueologia industrial, da ecologia, do mito, da História e da narrativa, envolvendo imagens próprias e do arquivo fotográfico vernacular. 

Os projetos vencedores serão exibidos no CEFT/Casa dos Cubos, entre janeiro e março de 2025.

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(...) se elas houverem, a gente vai tirá-las

Nas margens do rio Ave e do rio Vizela sempre se ouviram murmúrios de uma atividade que lentamente minava, de dentro, os pilares de alguns concelhos e freguesias que das águas estavam dependentes. A enchente industrial que se foi fixando no vale do Ave, ameaçou desde cedo o ecossistema natural – e a saúde mental – daquela que era uma das paisagens mais marcantes da região. A poluição que se alastrou pela descarga de produtos tóxicos nos fluxos hídricos levou a um total desequilíbrio da fauna e flora local. 

Estas atitudes, consequentemente, levaram a que grande parte das espécies aquáticas se deslocassem para outras zonas, ou que, simplesmente fossem levadas à decadência. Da mesma forma que se ouviam os murmúrios da indústria têxtil, entre a população local, também se ouvia – em conversas tímidas – a possível existência de uma espécie exótica nos rios, que, a ser confirmada, desvendaria facilmente o desaparecimento abrupto das restantes.

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